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Denise Orlandi Endocrinologista Vinhedo e Indaiatuba

Outras Patologias Endocrinológicas

A endocrinologia vai muito além de obesidade, menopausa e tireoide. O endocrinologista é o médico que estuda e trata o funcionamento das glândulas e hormônios, responsáveis por regular praticamente todas as funções do organismo.
Por isso, alterações hormonais podem impactar peso, humor, fertilidade, metabolismo, ossos, coração e até a pele.

Nesta página, você vai conhecer outras condições tratadas pela endocrinologia — todas com impacto direto na qualidade de vida que merecem atenção especializada.

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

 

A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma das doenças mais comuns entre mulheres em idade fértil.


Ela não envolve apenas irregularidade menstrual, mas também alterações metabólicas e hormonais que podem causar:

  • Acne persistente e pele oleosa

  • Queda de cabelo e aumento de pelos em áreas indesejadas

  • Dificuldade para engravidar

  • Ciclos menstruais irregulares ou ausentes

  • Dificuldade para perder peso

A SOP está intimamente ligada à resistência à insulina, o que eleva o risco de pré-diabetes e diabetes tipo 2. O tratamento depende do perfil e fenótipo da mulher, além dos objetivos dela no momento. Podendo incluir mudanças de estilo de vida, anticoncepcionais, indutores de ovulação em casos de infertilidade e medicamentos que melhoram a ação da insulina e ajudam na perda de peso.

O olhar do endocrinologista é essencial para integrar saúde reprodutiva, controle metabólico e prevenção a longo prazo.

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é um conjunto de alterações que, quando presentes em conjunto, aumentam muito o risco de doenças cardiovasculares e diabetes.
Ela é diagnosticada quando há pelo menos três dos seguintes fatores:

  • Obesidade abdominal (medida da cintura aumentada)

  • Alterações na glicemia (pré-diabetes ou diabetes)

  • Colesterol HDL baixo (“bom colesterol”)

  • Triglicérides elevados

  • Pressão arterial alta

O grande desafio é que muitas pessoas vivem anos com a síndrome metabólica sem sintomas evidentes, descobrindo apenas quando já existe um problema cardíaco ou metabólico.

O acompanhamento médico envolve mudança no estilo de vida (alimentação, exercícios, sono, controle do estresse) e, se necessário, uso de medicamentos para controle da pressão, da glicemia e dos lipídios.

Doenças das glândulas suprarrenais

As glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins, são pequenas, mas têm papel fundamental: produzem hormônios como cortisol, adrenalina e aldosterona, que regulam energia, pressão arterial e resposta ao estresse.

Alterações nesse sistema podem causar doenças graves, como:

  • Síndrome de Cushing: excesso de cortisol, que leva a ganho de peso centralizado no abdômen e rosto, hipertensão, diabetes, osteoporose, fraqueza muscular e alterações emocionais.

  • Doença de Addison: deficiência de cortisol, manifestada por cansaço extremo, emagrecimento, pressão baixa, escurecimento da pele e maior vulnerabilidade a infecções.

  • Hiperaldosteronismo primário: excesso de aldosterona, causando hipertensão resistente e níveis baixos de potássio, que podem provocar arritmias e fraqueza muscular.

O diagnóstico costuma ser desafiador, exigindo exames hormonais específicos e, em alguns casos, testes de imagem.


O tratamento varia desde medicamentos até cirurgia, sempre de acordo com cada quadro clínico.

Acompanhamento pré e pós-cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica pode ser uma ferramenta poderosa no tratamento da obesidade, mas não é uma solução isolada.


Antes da cirurgia, o endocrinologista avalia indicações, condições clínicas associadas, preparo nutricional e adequação hormonal.


Após a cirurgia, acompanha o paciente para:

  • Monitorar a perda de peso de forma saudável

  • Prevenir deficiências nutricionais (como ferro, vitamina B12, vitamina D e cálcio)

  • Ajustar medicações de diabetes, pressão e colesterol

  • Apoiar na manutenção dos novos hábitos de vida

Esse acompanhamento é essencial para garantir resultados duradouros e prevenir complicações.

Esteatose hepática (gordura no fígado)

A esteatose hepática não alcoólica é cada vez mais frequente, muitas vezes descoberta em exames de rotina.


Ela acontece quando há acúmulo excessivo de gordura no fígado, geralmente associado a sobrepeso, obesidade, diabetes tipo 2, colesterol e triglicérides elevados.

O problema é que, sem tratamento, a esteatose pode evoluir para esteato-hepatite, fibrose, cirrose e até câncer de fígado.


O tratamento envolve principalmente emagrecimento, alimentação saudável, prática de exercícios e, em alguns casos, medicações para controlar diabetes e colesterol.

Osteopenia e osteoporose

 

Com o passar do tempo, nossos ossos perdem densidade mineral.
A osteopenia é o estágio inicial dessa perda, enquanto a osteoporose já representa uma fragilidade óssea importante, aumentando o risco de fraturas mesmo em quedas leves.

Alguns grupos estão mais vulneráveis:

  • Mulheres na menopausa

  • Pacientes após cirurgia bariátrica

  • Usuários crônicos de corticoides

  • Pessoas com doenças intestinais inflamatórias ou má absorção

 

O tratamento pode incluir cálcio, vitamina D, atividade física com impacto e força, e medicamentos específicos que reduzem o risco de fraturas. O endocrinologista avalia individualmente o momento certo de intervir.

Deficiências vitamínicas e nutricionais

A vida moderna, com dietas restritivas ou desequilibradas, cirurgias bariátricas, uso prolongado de medicamentos e algumas doenças intestinais, pode levar a deficiências de vitaminas e minerais essenciais.

As mais comuns incluem ferro, vitamina B12, vitamina D, cálcio e ácido fólico.
Essas deficiências podem causar cansaço, queda de cabelo, alterações de humor, anemia, perda óssea e prejuízo cognitivo.

O endocrinologista avalia não só os exames, mas também o contexto clínico do paciente, orientando quando e como fazer a reposição — sempre de forma personalizada, evitando tanto a falta quanto o excesso.

Em todas essas situações, o papel do endocrinologista é acolher, investigar profundamente e conduzir um tratamento baseado em evidências científicas, sempre respeitando a individualidade de cada paciente.

Dra Denise Orlandi Endocrinologista Vinhedo e Valinhos

Dra. Denise Mazo Orlandi
Médica Endocrinologista
CRM SP 133.812 | RQE 38.483

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